O acto que decorreu a 6 de Junho, na capital chinesa, Beijing, foi testemunhado pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e pelo Presidente da Agência Nacional de Petróleo e Gás de Angola, Paulino Jerónimo, e poderá conduzir à assinatura de contrato para esta empresa chinesa construir uma estrutura que devendo começar a produzir em 2025 deverá ficar concluída em 2026.
A Refinaria do Lobito será a mais importante infra-estrutura do sector de energia da República de Angola e terá capacidade para produzir até 200 mil barris diários de combustíveis refinados. Isto permitirá ao Estado angolano tornar-se auto-suficiente em combustíveis refinados, como a gasolina, gasóleo, LPG ou Jet Fuel A1, mas a capacidade de produção desta refinaria possibilita também a exportação e abastecimento de países vizinhos. Aliás, a estrutura societária detentora da unidade continua ainda em aberto, com 30% a ficarem na Sonangol e os restantes 70% na posse de privados. O governo da Zâmbia terá uma participação de 15% já que o país estará ligado à Refinaria do Lobito através de um oleoduto e gasoduto específicos.
Angola está a construir mais duas refinarias, no Soyo, com capacidade de produção até 100 mil barris, e em Cabinda, que irá produzir 60 mil barris diários de combustíveis refinados. Com estas novas infra-estruturas a República de Angola, além de ficar auto-suficiente no que diz respeito às necessidades da população, reduz as importações e torna-se num verdadeiro “hub” energético, com capacidade para exportar combustíveis e gás para toda a região da África Austral em que está inserida.
O aumento da capacidade no “dowstream” em Angola será um dos temas centrais da Conferência e Exposição Angola Oil & Gas 2023, a realizar em 13 e 14 de Setembro, no Centro de Convenções de Talatona. Neste evento chave para debater o futuro energético de Angola irão participar os principais protagonistas do sector oriundos de Angola, África, América do Norte, América do Sul e Médio Oriente, com muitas palestras e debates que vão incidir também nas muitas oportunidades que existem em Angola, não apenas no petróleo e gás, mas também nas energias renováveis, nos serviços, e na aplicação das novas tecnologias, a fim de rentabilizar o sector da energia e possibilitar uma maior participação de empresários e empreendedores angolanos. Continue a acompanhar o website da ECP e os canais nas redes sociais de forma a estar permanentemente actualizado sobre o AOG 2023.