Este empreendimento foi executado pelo consórcio Solenova que junta a Eni, uma das maiores companhias mundiais de petróleo e gás, através da sua participada Azule Energy, e a Companhia Nacional de Petróleo de Angola, Sonangol, cujo modelo de negócios passou também a contemplar projectos de energias renováveis correspondendo, aliás, à estratégia do executivo angolano de reforçar o sistema eléctrico nacional através da Estratégia Energética Angola 2025 cujo objectivo é assegurar a produção de 500 megawatts de energia renovável nos próximos dois anos.
A entrada em funcionamento da Central Solar do Caraculo foi testemunhada pelos ministros dos Recurso Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, da Energia e Águas, João Baptista Borges, pelo Governador Provincial, Archer Mangueira, e vai garantir as necessidades energéticas da província do Namibe, com uma redução das emissões de gases com efeito de estufa, contribuindo, igualmente, para reduzir o consumo de gasóleo utilizado para a produção de electricidade em centrais térmicas, diversificando assim a matriz energética em Angola. Prevê-se que no período de funcionamento esta Central reduza em cerca de 50 mil toneladas de emissões de CO2 e produza energia limpa pelo menos durante 25 anos. E com a menor necessidade de recorrer à utilização de gasóleo, estima-se que o Estado angolano possa poupar, só nesta primeira fase, cerca de 28 milhões de dólares por ano.
A energia produzida no Caraculo será injectada na rede de distribuição sul, concretamente na linha de transmissão que passa a poucos metros da localização desta unidade, e será toda adquirida e entregue à Rede Nacional de Transporte de Energia.
O projecto da Central Solar do Caraculo prevê uma segunda fase com um aumento da capacidade de produção para 50 megawatts que passará a disponibilizar energia limpa também para algumas regiões da província da Huíla.
Para o Presidente da Câmara de Energia Africana Angola, Sérgio Pugliese, “a inauguração desta central foto-voltaica demonstra o compromisso do governo angolano com a transição energética e recordo que, durante a Conferência Angola Oil & Gas 2022, numa das suas intervenções o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, sublinhou que estes projectos estruturais para o sector energético de Angola já estariam em funcionamento no ano de 2023. Este projecto da Sonangol e Azule Energy confirma, igualmente, a importância de eventos como a Conferência e Exposição Angola Oil & Gas 2023 e os seus contributos para o desenvolvimento sustentável e uma economia descarbonizada.”
O potencial de energia renovável em Angola será um dos temas principais a ser revelado e debatido na Conferência e Exposição Angola Oil & Gas 2023, que vai acontecer em Setembro, no Centro de Convenções de Talatona. .
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